segunda-feira, 1 de outubro de 2012

"...Desenlace..."


 
 
"...If you were here beside me(...)
If the curve of you was curved on me
I’d tell you that I love you..."
 
A chuva cai do céu antigo bombardeando os sonhos do homem. As nuvens lutam por esconder a luz que dá vida, receando que haja outros voos tão altos como os seus. O mundo treme furioso reclamando o que nunca seu foi, move as areias do tempo e traz ao de cima os impérios caídos, os rasgões dos destinos proibidos pela razão, as histórias que ficaram por contar nos livros sem capa nem lombada.
Seguro-me insistentemente á rocha firme e inamovível, que reveste a minha alma. Sustenho a respiração e as lágrimas confundem-se com as gotas de chuva pesada que se abate sobre a terra já húmida pelos lamentos dos seres de pele enrugada que já por cá passaram, enquanto me debato para não largar a segurança das suas extremidades macias cedendo ao peso do mundo.
Vem meu amor, não me deixes cair. Vem abraçar-me. Vem fazer desta rocha a nossa muralha impenetrável. Vem rasgar os céus com o brilho daquilo que a homem algum pertence. Vem parar a chuva e os ventos revoltos com o fogo que jamais se apagará. Vem…