segunda-feira, 2 de julho de 2012

"...Só nós dois é que sabemos..."


"...Anda, abraça-me... beija-me
Encosta o teu peito ao meu
Esquece o que vai na rua
Vem ser minha eu serei teu
Que falem não nos interessa
O mundo não nos importa
O nosso mundo começa
Dentro da nossa porta..."



  Segura a minha mão e olha-me nos olhos. Deixa-me prometer-te os encantos de um mundo que vamos criando desde que os despachos divinos assim decretaram. Deixa-me prometer-te os anseios de uma vida regida por Leis superiores á palavra de todo o homem. Deixa-me prometer-te o incomensurável, o infinito, o sem fim, e o simplesmente belo. Deixa-me ser a tua perna esquerda quando ela te falhar, e o teu sorriso quando ele não quiser ver a luz do dia. Deixa-me fazer-te sentir o rasgar da minha Alma quando me abandonas, e o vazio do meu coração quando deixas de me olhar. Deixa-me ser “tu”, e peço-te, sê “eu”.
Fecha os olhos. Encosta o teu corpo ao meu. Deixa que o meu cheiro te invada e te leve ventos frescos ao mais íntimo do teu ser. Deixa-me recuperar o bater do teu coração e a doçura do teu olhar, o arrepiar da tua pele quando os meus dedos te saboreiam numa viagem que percorrem desde tempos esquecidos pelo próprio mundo. Deixa-me terminar a tortura que é manter a respiração dentro dos padrões do aceitável, e com ela fazer-te uma serenata ao ouvido capaz de te gelar por dentro. Deixa-me pedir-te perdão em silêncio por ser tão pequenino perante a tua grandeza. Deixa-me guiar-te numa valsa inesperadamente irrequieta debaixo da copa das árvores, e fazer o nosso mundo girar, e de repente parar, quando os meus lábios te derem mais do que aquilo que a razão conhece, quando te oferecerem algo tão maior do que tu e eu.
Deixa-me contar-te o que dizem as palavras que falo calado, e os olhares que te dou de olhos cerrados. Mas não pares de dançar meu amor. Mesmo que o cansaço te tome não te deixarei cair. Mesmo que a música do mundo termine, dançarei no uníssono incansável dos nossos corações e beberei do Amor Eterno que de nosso tem tudo, e não tem nada. Deixa-me cravar, a ferro e fogo, no mais profundo do teu ser, a Eternidade que te espera em mim!    

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